sexta-feira, 8 de abril de 2011

TODOS PELA EDUCAÇÃO!

Aproveitando que estou lendo sobre o Novo Plano de educação no Brasil, acho importante conferir as inovações e idéias de vários profissionais da educação no país e começar a divulgá-las. Pelo projeto do Novo plano de Educação, os investimentos públicos aplicados em educação no País deverão alcançar pelo menos 7% (quando, na verdade acho que deveria ser, no mínimo, 10%, visto a tamanha necessidade do país de educação de qualidade) do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que, em 2007, União, estados, DF e municípios aplicaram na área educacional 5,1% do PIB - um horror! Vergonha!!!.

Metas do Novo Plano de Educação:

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de quatro e cinco anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até três anos.

Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.

Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. Sete estratégias.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Nove estratégias.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, e garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de 11 anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Enfim, dinheiro aplicado em educação, nao é custo, mas sim investimento na melhoria da qualidade humana, o que certamente trará um futuro melhor.




Assistindo, dia 20/06/2010, na TV, a revista eletrônica Fantástico, da Rede Globo, Brasil, gostei demais da matéria sobre a cápsula do tempo, mostrando experiência feita por um professor de Curitiba - PR - Brasil, com seus alunos em 2000, pedindo que eles, reunidos na casa de uma das alunas, colocassem numa caixa de papelão suas expectativas para dez anos no futuro.
Agora, em 2010, foi aberta a caixa e grandes surpresas para ambos. Muitos planos não se concretizaram, muitos deles tomaram novos rumos. A que queria jornalista tornou-se advogada e por ai vai. Uma das moças, nessa viagem ao túnel do tempo, lembrou emocionada da menina que foi e lamentou não ter dado mais atenção aos pais e, especial, à mãe, que se foi, e de ter dado mais importância aos Backstreet Boys (banda popular à epoca, entre os adolescentes).
De fato, quando jovens, nem sempre damos importância aos conselhos de pais e professores, mas isso é normal, faz parte do que chamo de a "doce arrogância da juventude", quando acreditamos piamente que podemos fazer a diferença e mudar o mundo.
Este ano, o programa Fantástico refez a experiência, agora com alunos de escola do Rio de Janeiro, coletando seus depoimentos, material diverso e expectativa para daqui mais dez anos. Aguardemos 2020 para a abertura dessa cápsula do tempo.
Aproveito isso, para apresentar o interessante vídeo acima, Tecnologia en la educación, produzido pela Microsoft, projetando o futuro da própria educação, justamente para o ano 2020, a partir da expectativa de diversos pesquisadores.
Vale a pena conferir, e também elaborar com seus alunos e consigo mesmo essa experiência de prever o futuro, sem esquecer de valorizar o passado e viver o presente. Pais e professores detém o que eu denomino de "A pedagogia do exemplo", que embora nem sempre seja percebida pelo filho/aluno no instante vivido, é recuperada em toda a sua intensidade, tempos depois. O importante é plantar no presente as sólidas e profundas raízes da educação para o futuro.


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Servidor público estadual (RS): área da educação (há 18 anos). Mestre em Letras (FURG-2010), área História da Literatura. Especialista em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (FURG-2006); especialista em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC's) na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2007) e especialista em Mídias na Educação (IFRS/CTI/FURG-2010). Bacharel em Direito (FURG-1990). Graduando em Letras (Unopar-2011). Assessor jurídico na área da educação (2001-2002); coordenador do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ªCRE. Multiplicador em informática educativa, no NTE Rio Grande/18ª CRE (desde 2005). Escritor e poeta. Integrante da Academia Rio-Grandina de Letras e da Comissão Editorial da página da ARL, publicada no Jornal Agora (Rio Grande-RS). Autor do livro de contos Realidade Virtual (KroArt-RJ-2004), escrito em 2000 (quando nem imaginava trabalhar com informática educativa). Editor de diversos blogs individuais e colaborativos.

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