sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

SEMIME 2013: RESUMO DO MEU PROJETO DE PESQUISA




No dia 08 de Dezembro, fiz um resumo da minha apresentação no SEMIME – congresso internacional que se realizará na Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa. Nós alunos do segundo ano do mestrado EUROMIME faremos nossa apresentarão dos trabalhos de investigação para que o consórcio EUROMIME possa acompanhar o estado e desenvolvimento das teses. 

Já tenho nesse momento meu projeto pronto, mas preciso aplicá-lo. Os objetivos de pesquisa, a metodologia e os procedimentos já foram revisados pelo meu tutor Carlos Ferreira, mas eu preciso ainda finalizar o questionário, melhorando-o um pouco mais. Nesse sentido, sei que tenho muito trabalho pela frente.

A impressão que tenho é que não disponibilizamos de bastante tempo dedicado à elaboração da tese pois temos aulas e muitas atividades nos três percursos do mestrado (Lisboa, Madrid e Poitiers), tarefas que às vezes, com toda sinceridade, não me ajudam em nada à minha tese, quissá para a formação.

Publico aqui o resumo do que irei apresentar em Lisboa no fim de Janeiro, provavelmente dia 28. No fundo precisarei de mais opiniões, sugestões para avançar no que proponho como trabalho. 


Resumo: 

Redes Soiciais e Aprendizagem Informal de alunos universitários

Estudos recentes sugerem que muitos jovens estão cada vez mais usando as tecnologias da informação e comunicação (TIC) como ferramentas de aprendizagem fora da escola. Os contextos de ensino e aprendizagem hoje tornaram cada vez mais complexas a maneira como os alunos aprendem através de uma série de espaços físicos e virtuais. Alguns pesquisadores estão observando como redes de mídia social (por exemplo, sites de Redes Sociais, blogs, tecnologias RSS, etc.) podem positivamente transformar as práticas educativas. 
Situado neste contexto, e sabendo da importância do uso das TIC para o contexto educacional, pretendemos fazer um estudo sobre o uso das redes sociais para a aprendizagem informal de estudantes universitários. Dessa forma, buscaremos responder a seguinte questão de partida: de que forma as Redes Sociais virtuais são utilizadas por estudantes universitários na sua aprendizagem informal? Assim, pretendemos compreender de que forma alunos universitários usam as redes sociais virtuais para aprender informalmente.

Objetivo: Compreender de que forma alunos universitários usam as redes sociais virtuais para aprender informalmente através da percepção de suas próprias experiências online.
Justificativa: com o crescimento e a popularidade das redes sociais, existem autores que argumentam que essas ferramentas não só fornecem acesso para a construção de comunidades em e-learning, mas são potenciais tecnologias de transformação para o ensino- aprendizagem em geral. Estudos de usuários de redes sociais têm demonstrado que estes sites têm a capacidade de aumentar os laços sociais e interação, oferecer uma saída para a auto-expressão, e auxiliar na ajuda com busca de informações e realização de tarefas. A maioria dos contactos online dentro de sites de redes sociais é um prolongamento da vida das pessoas offline. Esses contactos através das redes sociais virtuais se inserem na chamada teoria do lifelong learning (aprendizado ao longo da vida), uma alternativa e possibilidade de aprendizagem em contrapartida à educação escolar. Assim, um maior estudo nessa direção tornar-se-á plausível na tentativa de compreender as implicações de longo prazo dessas ferramentas na área educacional.
Enquadramento teórico: apesar dos trabalhos já lidos sobre o uso das redes sociais e o sócio-construtivismo, queremos destacar esse estudo numa teoria de aprendizagem criada por George Siemens (2005) para adaptar-se à nova realidade tecnológica e à sociedade em rede: o Conectivismo. Vemos o Conectivismo como um modelo de aprendizagem que reconhece as mudanças na sociedade, onde a aprendizagem não é mais uma atividade interna, individualista. Para o autor, “aprender”, na sociedade do conhecimento, é ter a capacidade de formar conexões entre fontes de informação e desse modo criar padrões de informação úteis.
Metodologia: a pesquisa será predominantemente qualitativa e descritiva. A população a ser pesquisada será composta por uma amostra de alunos universitários portugueses. Serão utilizados na pesquisa os seguintes tipos de questionários: questionário 1 - dados sócio-demográficos; questionário 2 - visa identificar como se dá as experiências de aprendizagem informal nas redes sociais virtuais; questionário 3 - analisa a percepção que os alunos a serem pesquisados dão às suas práticas e experiências nas redes sociais.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Uma viagem cultural - Florença


Sempre é bom aprender novas coisas e sobre história das civilizaçoes conhecendo novas cidades e seu passado. Seguramente a cidade que mais expectativas me gerou nesta viagem foi a cidade de Florença. Andar por onde andou Dante Alighieri, Bocaccio, Maquiavel, Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, isso seria demais. Só que ficamos em Florença apenas uma tarde. Isso é quase nada, perante a importância toda que a cidade tem. Fizemos as visitas, quase que correndo. Percebi que muitas das fotos foram mal tiradas. É porque a guia ia correndo e eu tinha muito medo de me perder.
Florença fica distante de Roma, uns 300 quilômetros. Por isso chegamos aí por volta do meio dia. Começamos bem. Subimos a um morro para uma vista panorâmica. É impressionante. Daí dá para ver o quanto o Duomo é realmente grande, ele realmente ocupa o centro de toda a paisagem.



A cidade de Florença vista do alto de um mirante.

A viagem também teve as suas peculiaridades. O guia, agora era um espanhol, um basco, de fino humor e ironia. Nos deu um verdadeiro show de cultura italiana. Pelo que percebi, tanto o sonho de Dante, quanto o de Maquiavel, em torno da unificação italiana, ainda não está totalmente realizado. Pode ser um fato real, mas em termos de unidade efetiva, pouco existe. Podem contratar outro Virgílio para sedimentar esta unidade por um espírito patriótico. Nos falou que no sul domina a máfia e no norte os políticos. Deve dar muita diferença! Eles só se unem quando é para ir contra Roma. Essa é a única unanimidade que existe. Os bairrismos são fortíssimos, com um destaque todo especial para Nápoles. Nem uma língua nacional eles tem. Nos disse um garçom em Roma: eu não falo o italiano, eu falo o romano. E, com muito orgulho.
Vista do campanário do Duomo de Florença.


Do bairro de Dante rumamos para a Piazza della Signoria, o verdadeiro centro da cidade. Uma espécie de Boca Maldita, usando o comparativo curitibano. Tudo acontecia nesse local. Falar de Florença é falar dos Médici, especialmente de Cosimo. Nesta praça encontrava-se a estátua de Davi, esculpida por \Miguel Ângelo. Até 1873, a original. Depois foi substituída por uma cópia. Também tem uma estátua em que Davi vence o gigante Golias, simbolizando a humildade da cidade.



Uma réplica da estátua de Davi, na Piazza della Signoria.

Da praça seguimos, agora já margeando o rio Arno, o rio da vida e da morte de Florença, vida pela água e morte por suas enchentes, até a mais famosa de suas pontes. A Ponte Vecchio, cuja construção data de 1345. A ponte era um importante local de encontro de mercadores e que já em 1593 se tornou um ponto elegante, com os seus ourives e joalheiros. Até hoje a ponte é ocupada por joalherias. Na época do Renascimento o rio Arno era aquilo que hoje se chamaria de lixo a céu aberto.



Numa encarnação prévia eu já tinha ido dar oi pro Davi de Michelangelo na Accademia, e já tinha percorrido o corredor mágico da Galleria degli Uffizi. Mas nesta nova ida a Florença fiz questão de voltar aos dois museus:



 
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